MODA

Por: Ane Catarine

A MODA DA GRÉCIA ANTIGA AO SÉCULO XIX

Já repararam que a indumentária grega se destacou pelos seus elegantes e elaborados trapeados? Pois bem, não existia um caráter exótico ligado as vestimentas gregas, mas sim uma grande preocupação inteiramente estética.  A beleza e a moda normalmente são relacionadas na maioria das vezes como de interesse das mulheres, mas na Grécia, ao contrario do senso comum, a preocupação estética não se refere necessariamente à mulher. Sendo assim, desde os primórdios, na Grécia, o "belo" foi um qualitativo ligado ao homem, e não às mulheres. Portanto, a beleza grega exaltava o corpo masculino nu e esses eram expostos em ginásios.  A mulher, na Grécia Antiga, não tinha visibilidade, nem diteiros políticos e era limitada a uma realidade voltada à figura domestica.

Ué, e a moda? Cadê os looks babados que a gente vê por aí nos red carpet? Calma, vamos lá! Contudo, a Grécia foi a civilização que valorizou o ser-humano como protagonista de um universo inteligente na antiguidade, colocou a beleza e estética em um patamar tão significativo, que se tornou um estilo de vida, muitos séculos antes desse termo se tornar usual, sem imaginar que esses conceitos viriam nortear muitas outras eras.

Pois bem, a Moda foi uma dessas áreas. E com isso, grandes marcas mundiais começaram a fazer suas coleções inspiradas na linguagem visual da Grécia Antiga, e essa linguagem viria a exercer influência na sociedade de outras épocas, primeiramente após a Revolução Francesa, que iria acontecer muitos séculos mais tarde, 1789, o Império de Napoleão Bonaparte que iria suceder a corte francesa, buscaria a simplicidade e o pensamento filosófico greco-romano, e se tornaria norteador também no vestiário com o estilo diretório. Outro momento futuro da história que iriamos observar essa referência, seria no início do século XX, já na época dos estilistas e costureiros com Madame Grès, que se especializou em técnicas de drapeados com uma linguagem muito própria das estátuas gregas. Além desses, na moda do século XXI, estilistas contemporâneos usam dessas referências de forma bastante frequente.

O VESTUÁRIO  dos gregos era simples e compunha-se de roupas de linho no verão e lã no inverno. Eram confeccionadas geralmente pelas esposas, filhas ou escravas, quase sempre mantendo a cor original dos fios, mas algumas passavam por um processo de colorização com tinturas. Ornamentos que representavam a cidade-estado de origem dessas pessoas eram colocados ou pintados diretamente nas roupas. Brincos, anéis, correntes, gargantilhas ou qualquer outra joia estava restrita as famílias mais ricas.  Homens e mulheres usavam o drapeado , sendo que os dos homens podiam ser longos para momentos mais cerimoniosos ou curtos, para o dia-a-dia; ao passo que o feminino sempre era longo. O quíton, ou melhor, esse retângulo de tecido, era a túnica dos gregos e era colocado sobre o corpo, embaixo do braço, sendo uma das laterais fechada e a outra aberta, que pendia em cascata. Era preso sobre os ombros por broches ou alfinetes e, na cintura, preso por um cinto ou mesmo um cordão. Largo e comprido, possibilitava criar o panejamento que vemos na maior parte das esculturas, inclusive o efeito blusonado, ou seja, puxavam o tecido sobre o cinto para conseguir o aspecto do tecido mais solto.

 Super prático de fazer!! Aqui no Brasil usamos bastante esse tipo de vestimenta em festas temáticas,  ou a fantasia. Gostou? Espero que sim , fique atento aos próximos posts. XOXO ♥!!